Por Paulo Sérgio Buhrer e Edilson Menezes
Hoje, o povo brasileiro está mais comprometido para com a nação e seu respectivo futuro, para com seu papel social e os respectivos efeitos de curto/longo prazo das suas escolhas. Logo, penso que começamos a acordar. Sabe-se que diante de tanta monstruosidade comercial-política-social-intelectual-familiar-comportamental, acreditar pode parecer delírio de adolescente cujo sonho é salvar o mundo, por outro lado pode-se apenas escolher começar por si mesmo e observar, com muita felicidade, que há uma incalculável multidão neste mesmo processo.
Os tempos de egoísmo comercial acabaram. Hoje, para se conseguir preços competitivos, é importante promover pressão contínua e aliada junto ao detentor de produtos ou serviços de sua operação. Para tanto, concorrentes dão as mãos e exigem condições que fujam do modelo unilateral proposto desde Cabral, onde uma das pontas de vendas ficava com 400% e a outra com 33%. Isso está acabando, dando lugar a redistribuição de lucros e a concorrência saudável no Universo das Vendas.
Queremos ceder apenas três provas sobre a superação da crença de que devemos ser mais espertos e de que estamos vendendo o melhor que há dentro de nós:
1) Pela primeira vez estamos encarando juntos e fortes os efeitos de uma crise internacional; de peito aberto, diferentemente do que fizemos na crise anterior, onde mais lamentávamos do que trabalhávamos.
2) A segunda prova é a preocupação com o ser humano. Programas altruístas como Teleton, Criança Esperança e entidades como AACD e AACC jamais foram tão bem assistidos pela população como nos últimos cinco anos. Também nos chama a atenção o fato de que as classes menos favorecidas apertam ainda mais os seus cinturões financeiros para ajudar. Cabe lembrar que antigamente existia uma crença nestas classes que funcionava da seguinte maneira: "ué, o Antonio Ermírio de Moraes e a família Marinho não são milionários? eles que ajudem". Isso é passado. Nós evoluímos!
3) A terceira prova é a conscientização social: antigamente a depressão era considerada frescura por muitos. Hoje, até mesmo as pessoas com menos acesso a informação respeitam a existência deste mal. As mulheres em pleno século XXI ainda eram motivo de chacota entre alguns executivos, líderes de nação e populares. Hoje, estendemos tapetes vermelhos nas grandes corporações e até mesmo no Palácio da Alvorada, onde democraticamente elegemos uma mulher para nos governar, deixando de queixo caído os remanescentes machões de plantão.
Acreditamos e muito na evolução das pessoas. É tempo de viabilizar mercados menos concorrentes e mais cooperativos. Não no sentido de que todos merecem o mesmo, o igual, como no socialismo exacerbado. Não somos a favor de dividir fatias iguais, a metade do pão para cada um quando estamos em dois. Somos a favor de ganhar dinheiro, recursos, e, quem trabalha mais, quem se destaca mais, claro que deve, por meritocracia, ganhar mais.
Aceitar que os vendedores mais comprometidos, dedicados e determinados ganhem mais, não significa concordar que essas pessoas pisem em quem não ganhou tanto, tampouco que elas não estendam a mão aos menos abastados, e, até mesmo, aos menos dedicados. Nunca conhecemos por completo a história de um ser humano para simplesmente ignorar as suas misérias.
Sempre nos dói o coração ver uma criança pedindo dinheiro na rua, o “dá um trocadinho aí tio” sempre nos liberta dois pensamentos básicos: “puxa, se eu der dinheiro, esta criança corre o risco de se perpetuar aqui na rua”, e o outro “nossa, ela pode morrer de fome se alguém não lhe ajudar rapidamente”.
O que faria numa situação dessas? Você ergueria o vidro do carro?
Nas empresas, somos daqueles que ainda acreditam na palavra dada, no cumprimento do combinado. Não me importa muito a lei, embora ela deva ser cumprida, por outro lado, o que ainda nos vale é a honra, o respeito mútuo entre as partes. Se eu trabalhei duas horas a mais por dia, e, como reconhecimento, recebi uma promoção, não tenho o direito de exigir hora extra. Neste sentido, infelizmente, ainda é importante evoluir muito.
Nos negócios, seja incapaz de falar mal dos seus concorrentes, prefira investir energia em falar bem sobre o que você faz, e, inclusive, investigar o que seus concorrentes estão fazendo melhor, para aprender com eles.
O escambo funcionava bem porque cada um trocava o que precisava, sem se preocupar tanto com o preço das coisas. É hora de evoluir (embora o verbo mais adequado seja retornar) ao tempo da palavra dada, do fio de bigode, da cara pintada e da indignação sem guerra.
A maior evolução que ainda podemos ter é ser justos!
E você, acredita em que?
Visite nossas páginas:
www.arteesucesso.com.br
www.professorpaulosergio.com.br